sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Folclore em Festa

Todo o tempo do mundo se vai ficando por Agosto. Tempo para vir e voltar. De longe, de perto ou de assim-assim. Tempo para parar, reflectir, permanecer e penosamente partir... Para entrar nas romarias e arraiais, escutar as filarmónicas, as tunas e os arrabaldes e seguir o silêncio cadenciado das procissões... Para sentir as aldeias com saudades em família e o reencontro de amigos enleados por abraços fartos, desusados.
É este tempo maior que, em festa, hoje, se alinda, a preceito, para dar vez ao I Festival de Folclore de Vila Chã do Marão. Nele, por inteiro, o nosso Grupo, em compasso de espera, de olhar primeiro envergonhado...
Ei-lo, agora, que avança. Determinado, colorido e amigo. Amigo desta nossa Terra suspensa em límpidas neblinas e em socalcos de verde semeados. De madrugadas embrulhadas num imenso manto de orvalho doirado que a luz ilumina e atravessa, desnudando, de permeio, o casario que, ainda adormecido, vai subindo rio acima e a vastidão sombreada das serranias. De entardeceres macios e parados, vagarosamente diluídos em amplos poentes, sublimes, graciosos, irrepetíveis...
O povo, satisfeito, a seu tempo, vai chegando com aplausos aos rodos no seu coração agradecido. Agradecido a todos os que tornaram possível o reconforto deste dia, com memórias. A alma das gentes anda mais triste... Uma viagem ao seu mundo de recordações, como também o folclore sabe fazer, vai assegurando a nesga de alegria que ainda tem...
Não percamos a festa de vista. Um mar de gente, às cores, em movimento musicado, esbanjando sorrisos e contentamento, ruma ao palco das cantigas...
"Vai de roda... vai de roda e trocar o par..."
Ganham espaço imagens do antigamente. No adro da nossa Igreja a alegria sobe de tom e vai tomando conta de todos. Não nos façamos rogados e entremos nela também. De mãos dadas com a Amizade, celebremos a Vida e o Valor positivo das tradições.
Bem hajam,
Maria Armanda

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